história
O crescimento do interesse científico de diversas áreas pelo câncer propiciou a fundação de inúmeros centros especializados como o German Central Committe for Câncer Research na Alemanha (1900), Americam Assosciation for Câncer (1907) e o Instituto Radium de Paris (1919) - fundado pelo governo francês e pela Marie Curie e no Brasil a fundaçao do Instituto Nacional do Câncer (INCA) em 1948. O período entre o término da Primeira Guerra e o início da Segunda Guerra foi marcado pelo surgimento de uma das práticas mais importantes de tratamento para o câncer: a quimioterapia. Em 1942, os farmacologistas americanos Alfred Gilman e Louis Goodman em parceria com o cirurgião torácico Gustav Linskog, desenvolveram e aplicaram a primeira droga para tratamento de câncer, a “Mecloretamina”.
Os estudos que envolvem o câncer são incessantes, tanto para descobrir suas causas como para descobrir sua cura.
Somente em 1860 que a doença ganhou um novo patamar com advento da cirurgia, possibilitado tanto pelo início da utilização de anestésicos quanto pelas técnicas de assepsia e anti-sepsia criadas pelo cirrugião Joseph Lister. No final do século XIX começaram a surgir os primeiros casos de sucesso em procedimentos cirúrgicos. No século XX o físico alemão Wilhelm Konrad Roentgen (1845-1923) trouxe uma nova etapa não somente para estudos do câncer, mas para a medicinaem geral. Ao observar que a passagem de uma corrente elétrica em tubos de vácuo produzia uma radiação capaz de marcar uma chapa fotográfica e atravessar objetos sólidos, Roentgen criou o raio X.
Somente no século XVIII, com os estudos do anatomista italiano Giovanni Battista Morgagni somados ao médico francês Marie François Xavier Bichat, que o câncer passou a ser entendido de forma diferente. O patologista italiano foi responsável por caracterizar o câncer como uma unidade específica localizada em uma parte do corpo e Marie Bichat colaborou para a compreensão que os órgãos tinham em diferentes tecidos que, por sua vez, eram afetados por diferentes tipos de câncer.  Ainda neste mesmo período o médico Joseph Claude Anthelme Recamier foi o primeiro a identificar um caso de metástase causada pela corrente sanguínea ou linfática.
Embora exista o registro de um dos mais antigos tumores no ser humano de cerca de 1600 aC, no Papiro de Edwin Smith do Egito Antigo e que descreve o câncer de mama, não há um primeiro registro científico inaugural que fale sobre a doença, pois egípcios, persas e indianos, séculos antes de Cristo, já faziam menções aos tumores malignos. Mas foi Hipócrates (cerca de 460 aC - 370 aC ) na Grécia que descreveu vários tipos de câncer, referindo-se a eles com a palavra grega καρκίνος karkinos (caranguejo ou lagostas) que primeiramente definiu a doença como um tumor duro que, muitas vezes, reaparecia depois de extirpado.
Câncer: uma doença e sua