Nem sempre a cópia do material genético é realizada corretamente. Há uma série
de motivos para isso, nos quais dividimos em danos físicos químicos e biológicos.
Os danos físicos são aqueles que modificam a estrutura química do DNA através
da radiação eletromagnética. A radiação ultravioleta (UV) modifica localmente
as bases nitrogenadas podendo alterá-las. Radiações mais energéticas, e
consequentemente mais nocivas como raios-X ou radiação gama muitas vezes
"arrancam um pedaço" da fita simples ou fita dupla do DNA.
Os danos químicos são causados por reações químicas que alteram localmente a
estrutura do DNA.
Os danos biológicos são aqueles em que microrganismos, como por exemplo
bactérias e vírus, acoplam material genético nas células hospedeiras.
Desta forma muitas vezes não é possível reconstruir o DNA original formando as
mutações genéticas. As mutações podem ser inofensivas, ou seja, não trará
nenhum mal ao organismo; benéfica, levando a modificações que aprimoram ou
melhoram determinada função no organismo; e por fim as maléficas, que alteram
funções importantes e podem desencadear algumas formas de câncer.
A natureza desenvolveu uma série de mecanismos de vistoria e correção do
precioso material genético. Esse arsenal macromolecular (representado acima
pela proteína ligada a um fragmento de DNA) apresenta uma série de estratégias
de reparação. Listamos aqui o
* Reparo por excisão de bases (BER)
* Reparo por excisão de nucleotídeos (NER)
* Mecanismo por fotoreativação
* Correção de erro no pareamento
As descobertas de como o material genético é recuperado mesmo após uma
série de danos causados foi contemplado com o prêmio Nobel de Química de
2015. Nos endereços abaixo estão a página do prêmio Nobel de 2015
(https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/chemistry/laureates/2015/)
e um artigo de divulgação científica, em português (http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc37_4/05-AQ-116-15.pdf).
Animação - DNA + proteína de correção de pareamento (3THX)